Nesta edição, o Comandante do 31ºBPM apresentou as metas do período e apresentou os comandantes da companhias, além de responder aos questionamentos dos presentes.

Como o tema da reunião foi o “Setembro Amarelo”, o Capitão Vinicius Braga, do GBS, nos trouxe dados alarmantes sobre a nossa região, foram 14 suicídios ocorridos até ontem neste mês de setembro.

Ainda em nossa reunião, o novo Superintendente da região apresentou suas propostas para a nossa região.

Abaixo as palavras de nossa Presidente e as fotos do evento que contou, na composição da mesa, com:

• Simone Giacobbo Kopezynski - Presidente do 31ºCCS
• Cel. Ronaldo Martins - Comandante do 31º BPM
• Inspetor Camilo - Da 16DP
• Dr. Otilio Bezerra - Delegado da 42 DP
• Capitão Bombeiro Militar Vinícius Braga - do GBS
• Agostinho Teixeira - Conselheiro e Assesseor Especial da OAB Barra
• Eduardo Árias - Presidente da Associação Mediterrâneo

PALAVRAS DA PRESIDENTE

Bom dia, a todos.
O mês de Setembro chega para nos alertar sobre um tema de enorme importância e que merece a atenção de todos nós, o suicídio.
Desde 2015, foi criada a campanha do ‘Setembro Amarelo’ pela parceria entre o Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O intuito é criar um período no ano em que a sociedade possa debater e ter conhecimento sobre o tema, e dessa forma alertar a população sobre a prevenção do ato.
No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo É a segunda principal causa de morte entre indivíduos com faixa etária entre 15 e 29 anos e a sétima causa de morte de crianças entre 10 e 14 anos de idade. Porém, a OMS também afirma que o suicídio tem prevenção em 90 porcento dos casos.
Fundado há mais de 50 anos, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das ONGs voltadas ao tema mais antigas do Brasil. A associação filantrópica atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio de e-mail, telefone (188), chat ou pessoalmente. O CVV funciona 24h e têm 110 postos pelo Brasil, com mais de 2.400 voluntários.
Garantindo o sigilo e anonimato de quem entra em contato com o Centro, em 2018 o CVV Brasil recebeu em torno de três milhões de ligações. Foi um aumento de quase 50% em relação a 2017.
Quando fui escrever esse texto procurei vários artigos pra embasá-lo, já que não sou especialista no assunto, mas foi muito difícil correlacionar os frios e contundentes dados estatísticos em tão complexo tema.
Os fatores que levam alguém a tentar o suicídio são muitos, difusos e complexos. Cada ser humano é único, e encerra em si um universo que pouco conseguimos, de fora, perscrutar. E é nessa centelha de luz, que deixamos o outro vislumbrar, que trabalham aqueles que lidam com a esperança de salvar vidas e dar ela algum sentido para existir e persistir.
Perdi um amigo e um primo por conta do suicídio e, desde então, o setembro amarelo é mais que uma campanha, é a lembrança daquilo que talvez pudéssemos ter feito por eles ao perceber que estavam sofrendo.
As instituições aqui representadas são impactadas pela questão do suicídio. O Policial Militar em patrulha muitas vezes é a primeira autoridade a chegar em uma cena de suicídio concretizado, e perante uma tentativa de suicídio é, muitas vezes, a voz que consegue demover o suicida. À Polícia Civil caberá o inquérito e a investigação de todos os casos. E os Bombeiros, por vezes, executam manobras impensáveis para evitar que alguém cometa tal ato de desespero.
Enfim, o suicídio é mais do que um problema de saúde pública e segurança. É uma questão complexa, que precisa ser conhecida e debatida, e essa é, justamente, a função do Setembro Amarelo.